Back in Time #09 - Ozaki Yutaka, o Músico de uma Geração


O Back in Time dessa vez vai ser um pouco diferente do habitual. Pela primeira vez desde sua criação, não abordará música coreana, seja grupo ou solista, e tampouco o Pop por qual muitos de vocês chegaram ao blog - e não digo todos pois há uma parcela de seguidores otakus por aqui, pobrezinhos.

Acontece que entre entreveiros da vida, ócio corrosivo e aquela melancolia perene que me inspira pelas madrugadas, afinal, como já disse outras vezes, o nome do blog não é em vão, me deparei com algo bacana. Ocasionalmente há os benefícios, e hoje venho falar de um deles, um cara que conheci algumas semanas atrás e ma fascina desde então. 

Falo de Ozaki Yutaka.

Mas por quê? Quem ele foi e por qual motivo recebe um post honorário?

Ozaki foi um romântico. Um cara que escolheu viver. A voz e bandeira de uma geração. Privilegiado em dom artístico, é desses que assumia seus trabalhos desde a composição, no tom mais autoral e pessoal possível, fugindo de qualquer artificialidade. E quando alguém de talento assume as rédeas da produção de seu conteúdo, torna-se imediatamente perceptível. Os maiores músicos são assim. De Radiohead a Elton John, com Ozaki entre estes grandes expoentes, morto de forma precoce, aos 26 anos, um antes da conhecida maldição do Rock, o que enriqueceu sua mística, afinal, não era um cara comum, para o bem e para o mal. Para o prazer e a tragédia.

Passou em terra como um cometa vivendo um sonho delirante, contagiando mutirões tanto com suas baladas acústicas quanto com seus votos de rebelião angustiados. Um Bob Dylan nipônico, em suas devidas proporções. Ocultado no Ocidente pelo alfabeto.

Aberto, profundo e expressivo, sua voz trabalha em uníssono com suas intenções. É, repito, um privilegiado, destes abençoados, genética ou divinamente, independente de suas crenças, e que nos brinca ao compartilhar suas dores, seus sentimentos. Exprimiu o que muitos queriam, mas não sabiam como. Ou não tinham oportunidade. Assim, inspirou levas de músicos, e de nome

Entenda. 




Me atenho aqui, na trindade que melhor resume seu autor, para evitar o sobrecarregamento da página. Mas recomendo que explorem melhor sua curta discografia.

Você gosta do conteúdo do Delírios? Não deixe de curtir a página no Facebook.

Marcadores: ,