Férias, Vacation, Vagabundagem. Vejam só. Após meio ano ausente e um retorno triunfal comentado boygroup, o Back in Time está de volta no êxtase individual que me encontro com o Veludo Vermelho. Bom pra mim, bom pra quem curte o quadro e lamentou sua falta.
O regresso dessa vez é para 2014, aproveitando o aniversário de 3 anos do debut do grupo.
A novos aventureiros e piratas esquecidos, vale lembrar que a proposta é comentar o release à mente da época.
Liguem o Delorean.
2 após seu último debut de grupo e extensos 5 invernos desde a última estreia daquelas que urinam sentadas para o cenário do Pop Coreano, finalmente a maior empresa do ramo abre as portas ao novo com o Red Velvet, quarteto amplamente divulgado nos últimos meses através de teasers e a inteligente tática do "SM Rookies".
Se após todo esse tempo a estranhice já seria perceptível, o que é o debut das meninas em si já dispensa qualquer noção de normalidade e quais os planos da SM com as meninas:
É engraçado que na descrição do MV a faixa seja dita um "Urban Euro-pop", pois ela parece mais uma ode camuflada à Lúcifer, tamanha a loucura embebida em cada segmento de Happiness conforme ela avança. E o que esta estrutura deliberadamente desequilibrada lembra? Uma espécie de Red Light Junior.
Eu não assisti os teasers, mas as imagens já deixavam esse conceito de selva faber-castell bem explícito. Só que teasers nem sempre significam fidelidade. Até prefiro quando não o são, em fato. Mas aqui foi, e isto pouco significou, visto que Happiness é um caso raro de farofa imprevisível.
Se a escutar sem o instrumental, a música não é exatamente um salvador de almas. Há claramente os velhos artifícios Pop de grude quando elas repetem os LaLaLa Happiness. Até um pernilongo consegue gravar algo tão simples.
Individualmente, as integrantes são lindas, mas um vídeo é pouco para esse negócio de escolher Bias e todo o processo envolvido no processo de iniciar uma relação Platônica. Realitys, entrevistas e outras plataformas surgirão em profusão no período de promoção, visto que a SM, em seu poderio e influência, poderia fazer o Supla voltar à fama.
Artisticamente, Happiness não possibilita observações complexas. Não é uma crítica. Isto é uma essência natural do K-pop como produto de fácil assimilação e diversão. Wendy é quem recebe o momento de exibicionismo vocal, mas suas capacidades não era surpresas para ninguém, visto a emotiva faixa de Dorama liberada recentemente.
E é indispensável comentar esse MV. É tanto mal gosto junto que a gente acaba gostando; um verdadeiro trash. Uma edição pro estagiário se consagrar nas bizarrices semi-dadaístas, cheia de transições nada sutis e cenário surrealistas que parecem feitos por um fã contemporâneo do Salvador Dali sem muita obrigação com a vida.
O que não se compreende e certamente vai atiçar os nervos dos netizens que vivem pelo ódio são as rápidas referências ao 9/11. Hiroshima e Nagasaki. Não vou mentir pra vocês que percebi, mas sempre tem quem vê. E a atenção já se voltou completamente a estes fatos, como se a culpa fosse das 4. Logo, é sua imagem que é afetada, e o que parece inofensivo pode abalar toda uma carreira. Não é de se estranhar caso os japoneses não as recebam com flores após isso, mesmo que tenham engulido o que Avril Lavigne fez com eles.
Depois o danizudo faz aqueles posts conspiratórios pros alunos de ensino médio discutirem na escola e não tem como negar. É uma polêmica desnecessária e realmente não há sentido lógico nenhum para isso, como seria tolice acreditar ter passado despercebido, a não ser que algum infiltrado da YG tenha montado o clipe.
Mas bem, eu não sou japonês. Não me falta empatia (falta sim) mas certamente não há o que julgar as meninas. O que vale é que o Red Velvet é um novo material disponível no K-pop, agitado e degringolado, uma extensão do f(x), o que pode ser um sinal pessimista aos membros do fandom sem nome, e o primeiro passo da SM para essa nova era que se inicia no K-pop, de renovação e vertiginoso reconhecimento global.
E é isso, meus queridos. Posteriormente ao buzz gerado pela falta de tato quanto as tragédias do MV, a SM removeu as cenas no MV que você vê hoje no Youtube. A fama do Red Velvet hoje é inegável, mas sua carreira no Japão inexiste, com grande influência deste infeliz episódio, certamente.
Mas focado na felicidade, para ser justo com o título, é uma discografia curta, mas muitíssimo eficiente. Com o tempo elas conseguiram uma identidade própria e a marca é poderosa na Coreia.
Outro ponto que gostaria de destacar é meu biaísmo com Irene. Foi complicado fazer o texto sem ao menos citar seu nome (entretanto, rolou um gif solo maroto), mas seria desonestidade com a proposta retrógrada. Eu só fui perceber realmente Bae Joohyun ano passado, após me decepcionar com OOTN, quando fui conferir os releases antigos e a moça com as adoráveis orelhinhas de abano deixou de ser um rosto para virar devidamente uma pessoa. O resto só Freud explica.
Espero que tenham curtido. E feliz aniversário ao Red Velvet. Que venham outros tantos.
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