Olá, meus queridos, voltei! Os tempos estão realmente complicados, mas continuarei buscando atualizar o blog sempre que tiver algum conteúdo que mereça nota. Só não esperem tanto posts enche linguiça que costumo fazer no ócio. Hiato
never. Juro.
Talvez eu atrase o comentário de certos releases ocasionalmente, mas eles sairão, como é o caso de meus irrelevantes pitacos sobre o novo EP do Veludo Vermelho, que havia prometido anteriormente.
Para ouvir faixa a faixa, enquanto desperdiça seu tempo neste blog, fique com a playlist do Spotify (me patrocinem, caras!).
Eu sou apaixonado por
Synthpop (desde que não seja feito com excesso de Kawaii Concept), então logicamente apreciei a
title track. O problema, como disse no
post solo, é que por se tratar do
Red Velvet, que sempre apresentou um estilo diferenciável - o
Red, no caso -, ela soa como algo mais abrangente. Não que seja ruim, mas sem peculiaridades reconhecíveis.
Oh My Girl e
Lovelyz poderiam ser responsáveis pela música, por exemplo.
A SM manisfestou-se sobre como Russian Roulette seria o lado Red Velvet das meninas, em contraponto às nuances que separam o nome do grupo - o Red e o Velvet. Obviamente está acima do segundo, o que não é o suficiente para me tirar a saudade de ouvir algo tão característico quanto foram Bolo de Sorvete e Dumb x3.
Já Lucky Girl, instantaneamente, lembra as raízes experimentais e que tanto geraram comparações do RV para com f(x), devido suas camaleonices musicais. O inicio traz elementos de Jazz, entretanto, a continuidade da faixa caminha para gêneros mais leves e Pops, sem jamais manter-se em um apenas. É uma mescla de Mamamoo com f(x), e isso é ótimo. O engrish chorus serve ao propósito de grudar no cérebro, para o bem e para o mal.
A próxima b-side,
Bad Dracula, é outra que perdura na natureza
f(x) de evitar o genérico. A introdução é cartunesca e ao longo da faixa cria uma bizarra, porém cativante melodia com batidas em 8-bits. Quando você pôde experimentar algo semelhante? Igual, exatamente, nunca, mas poderá perceber a semelhança com o primeiro EP de, adivinha, f(x):
Nu Abo. E de quebra, para citar
f(x) pela milésima vez, é mais um acerto da SM quanto ao título que utiliza o nome do mestre dos vampiros, sendo a outra a espetacular
Dracula, do impecável
Red Light.
Lamentavelmente, Sunny Afternoon é a primeira baixa parcial da coisa. O começo é bacana e empolgante, com uma backing track imprevisível que desfila entre várias derivações para formar algo único. Entretanto, o conjunto acaba por se perder conforme os segundos passam, se tornando uma experiência frustrante. O ponto positivo é ouvirmos um pouco mais da vozeirão de Wendy, que só ganha algum destaque maior aqui. Uma pena que o todo não acompanhe sua afinação.
As intros desse álbum são fenomenais. Todas, inclusive das tracks que não apreciei. Felizmente, Fool consegue manter suas virtudes do início ao fim. O clima é, sentimentalmente, o de férias de verão da escola, algo mais alegre e inocente que Sunny Afternoon. O ukelele de fundo cria uma harmonia muito bacana com os vocais e os adoráveis "Fo-o-o-o-oool". Uma inusitada espécie de country acústico e até surf music. É uma boa faixa de transição.
E para minha, nossa alegria (os véios das internet entenderão), Some Love, a penúltima do EP e que costuma ser apenas um filler feito às coixas, já que quase ninguém costuma ouvir álbuns inteiro, é a melhor b-side de Russian Roulette, e uma das mais primorosas do Red Velvet (não que isso signifique muito). Em segmento ao ano House que a SM tem oferecido, Some Love é o follow-up moral de Why, da Tae, evocando elementos tropicais.
Por mais que a letra seja aquele romancismo clichê de sempre, o arranjo é bom o suficiente para tornar-se viciante. O engrish do refrão, novamente, merece destaque. Impossível não lembrar dos "Just Give Me Give Me". Nada revolucionário, mas muito competente. O riff final deixa a sensação de mais, e o replay power é imediato.
Para finalizar, a faixa mais suave do mini. E também a mais fraca, infelizmente. My Dear parece uma b-side qualquer que sempre permeia os LPs do SNSD, dessas que ninguém se lembra quando vai comentar prozamigo. É uma maneira melancólica de se encerrar um álbum realmente bom, o que pode passar a sensação de que os minutos passados não pareceram tão prazerosos quanto de fato foram. Não é péssima, mas tampouco vale a lembrança, e o esquecimento é seu lugar.
E então, vale a pena?
Bastante. É o melhor álbum do Red Velvet, tanto por mérito próprio quanto por demérito dos esforços anteriores das meninas. As tracks são diferentes entre si, com evocações sonoras distintas, o que torna difícil não identificar-se com ao menos uma. Além do mais, não vermos nada puxado pro White Aegyo Concept é uma raridade tão grande que merece nota.
Red Velvet ainda não é um ato excepcional, mas após o horror que foi One of These Nights, Roleta Russa as recoloca no caminho certo para subirem ainda mais na parede do K-pop.
E ah, Irene <3.
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