Apink conta até 5 e desiste de sua revolução em novo comeback


Ano passado, o Apink, após anos de mesmice, fidelização de uma fanbase e afastamento de quem não mais suportava uma repetição pornográfica de um mesmo estilo, resolveu mudar seu som como quem troca suco de laranja por suco de tangerina, o tal do Pink Revolution. O resultado foi bacana, admito. Não uma música que as coloque em escalão de elite, mas uma renovada interessante.

Só que elas desistiram. As vendagens foram baixas para seu padrão, que na estagnação de sempre, disputavam firmemente as primeiras posições nos charts.

Se ainda havia alguma dúvida se elas tentariam novamente dar um passo adiante, para o lado, diagonal ou permanecerem estáticas, Five chega para sanar qualquer percalço. Apink é Apink e vai morrer Apink.


Tem quem se estresse. Tem que odeie. Você vai ver um ou outro post que não vai medir adjetivos para criticar Five. Certamente, não é um single que me erice os pelos e cause espanto. Mas é uma música do Apink como elas (quase) sempre fizeram, e eu já larguei de mão qualquer decepção ou desprezo.

Em seus solos, Eunji arrisca momentos de folk e melancolia, mas o Apink, agora de volta ao verão ensolarado, quer brincar no...sol. Quer gritar, pular, sorrir e falar besteira. As eternas crianças. Nisso, quem se convence nessa proposta, irá curtir. A batida, com poucas modulações em 2/3 e as trocas velozes de vocais, é grudenta, diabolicamente encaixada com infernais "My Oh My Oh My" e o engrish adoravelmente tosco na contagem de 1 a 5. Você pode ouvir uma vez que essas partes ainda vão ficar algumas horas grudadas em sua mente. E por elas, provavelmente, você vai dar play novamente. É um artifício quase maligno em sua perversão e precisão.

Aí você pensa: "Mas Carlos, tu criticou o comeback do WJSN por ser feliz demais e aqui é passivo. Cadê a coerência?" A diferença está no grau de expectativa. Do Apink, eu já desisti. Espero isto que foi entregue aqui e nada mais. O WJSN, por seu conceito único e o que já apresentaram em Secret - e em I Wish num grau menor -, ainda me desperta curiosidade.

É questão de hábito. Música padrão Apink. Elas sabem que dá certo, e não desdenho da manha dos produtores em manter esse derivativo defasado. 

Pra mim, nunca vai funcionar. E só. 

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Veelas e testrálios; como sabe, hoje saiu muita coisa. Não se desesperem que devagarinho eu comento um por um - ou não. Dei prioridade ao Apink pois é o mais simples de se escrever sobre. Fiz agorinha na pausa do almoço, por exemplo. 

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