TAG – Eu Respondo, Vocês Respondem.


Olá, meus queridos desempregados e desiludidos (a) em tudo)! Vocês ainda acessam este blog decadente todos os dias? Se sim, dessa vez tem surpresa, pois após um bom tempo, voltei a ser indicado para uma TAG. O responsável é o Adriano, o boygroup stan enrustido da blogosfera capopeira, e neste exato momento começou a tocar iKON na reprodução automático e me entristeceu muito.

Troquei pro ECLIPSE da Kim Lip. E agora, continuando, como pedem os rituais de solidariedade e integridade entre a comunidade dos blogueiros, vou lhes explicar o nascimento e proposta da tag: criada pelo Old New K-pop, a versão saiyajin do Vulgo Vulgar, blog domesticado pela Ana e o Ethan, que pelo jeito não me gostam, pois não incluíram o Delírios na sidebar de nenhum dos dois, mas como a vida é uma novela mexicana em larga escala, terão esse encontro forçado com o destino.

De lado às enrolações, o objetivo é apresentar certos aspectos que me definem no presente e definiram no passado como um kpopper doente a ponto de dispender tanto tempo consigo. A maioria já comentei vagamente aqui em outros espaços, mas vamos lá!

1 - COMO E QUANDO VOCÊ CONHECEU O K-POP? 



Já descrevi detalhadamente o processo aqu: 6 Anos no K-pop, Uma Breve História. Mas em suma, foi em algum dia perdido no tempo durante as férias de verão de 2010 (tinha 14 anos), em pleno Julhão. Infelizmente, como foi algo inesperado e não tão marcante de imediato, não engavetei a descoberta no memorial das lembranças importantes, de modo que pouco me recordo do exato processo que me levou a Gee, do SNSD, o espécime que me botou de encontro pela primeira vez com o Pop Coreano.

Tudo que sei é que já era muito fã de cultura oriental, principalmente animes e cinema. É uma predileção que persiste até hoje, e o simples fato de algo envolver olhinhos puxados já atrai minha atenção e simpatia. Natural, então, que tenha se estendido à música.

2 – QUAL O PRIMEIRO MV DE K-POP QUE VOCÊ ASSISTIU?

Até alguns meses atrás, era convicto que Gee fora a responsável por romper meu hímen capopístico. Foi quando uma leitora misteriosa que me abandonou ao longo dos meses revelou que isto aqui era Kpop:


Pois Because I'm a Girl foi o meu Gangnam Style. Assim como muitos de vocês escutaram o hit do Psy no Fantástico sem saber do que se tratava, eu fui exposto a este clipe melodramático, emocionante e que carrega a essência do dorama em menos de 10 minutos. 

Desconheço vossa formação, mas curiosamente, na região onde vivo, este MV se disseminou como uma DST e em curto período de tempo, vários professores meus o passaram em diferentes níveis de ensino e matérias: ensino fundamental, curso de administração e ensino médio. A ideia era dar uma lição de moral, amor, generosidade e matar tempo. Porém, eu era um adolescente roqueiro, e doravante, fui tocado, mas não impactado. 

E tal qual uma criança adotada que encontra sua mãe biológica após um longo tempo, o K.I.S.S , girlgroup esquecido do início da década passada, veio a mim com toda sua doçura e chorosidade. 

3 – QUAL FOI A PRIMEIRA IMPRESSÃO QUE VOCÊ TEVE DO KPOP?

Foi de repulsa, acreditem! Como supracitei rapidamente, eu era um adolescente roqueiro. Ainda ouço esporadicamente, mas hoje se restringe a conteúdos mais indies e folks, enquanto no passado, era entrelaçado ao espírito rebelde de Hard Rock, Punk Rock, Grunge... Metal nunca foi minha praia, entretanto.

E como todo pseudo-roqueiro que se preste, ver 9 gurias coloridas cantando GEE GEE GEE BABY BABY BABY não era exatamente o que eu curtia. Mas a mente é traiçoeira. E mesmo que não tenha ao menos terminado o vídeo na primeira topada, ele me perseguiu durante dias, como o Julius ameaçou o Malvo; durante o banho, os sonhos, as aulas e os choros. Impregnou-se em mim como espeto na carne, e culposamente, escondido, com luzes apagas e porta trancada, eu tive de voltar a Gee Gee. Aí, em questões de dias, assimilei melhor e iniciei um lento, mas duradouro relacionamento com o SNSD, a ponte inicial para o K-pop. Por meia-década, entretanto, vivi reprimido e escondido, um lone fan.

4 – VOCÊ PREFERE GIRLGROUP, BOYGROUP OU SOLO?

Você prefere um mano berrando na tua cara ou a poesia do vocal feminino? Poxa. O blog tá aí pra todo mundo ver. Viva as que mijam sentadas (eu acho melhor, inclusive (hétero)!

Solistas adoro também. 

5 – QUE MÚSICAS E MVS VOCÊ MAIS GOSTA E POR QUÊ? 

Eu odeio estas perguntas pois sempre me causa uma dúvida caótica e cruel. Mas admito que é um exercício interessante e gostoso, o saber as preferências de alguém. Então tentarei ser o mais justo e lacônico para exemplificar apenas o que realmente levaria comigo ao além.

Não sei dizer se são meus favoritos, mas 5 MVs que me surgem à cabeça e merece um "genial" para descrevê-los são: 4 Walls e Red Light, do f(x), Into The New World, do SNSD, 23, da IU, e Catallena, do Orange Caramel.


Os dois primeiros pela inteligência na composição; Red Light é sobre incontáveis assuntos e possibilita múltiplas interpretações, tal qual um longa do Aronofsky, enquanto 4Walls é a indireta mais mirabolante e entorpecente para uma integrante disbandada. Tudo contribuído pela fotografia retrô que casou perfeitamente com a morbidez demoníaca da Krystal.

Quanto a ITNW, conta muito a ligação com as soshis. Infelizmente, não tenho o privilégio de dizer que as acompanho desde o debut, o que significaria uma nostalgia tremenda para com a faixa, mas mesmo assim, é o ato que mais tenho história, e vê-las novinhas, recém iniciando a jornada para se tornarem o grupo mais bem-sucedido mundialmente do terreno ao Sul do Paralelo 38, é como assistir um vídeo caseiro de você e seus amigos durante a infância. 

Já 23 é o suprassumo da obra-prima moderna que é o Chat-shire, o maior shade alheio de uma artista mainstream, recheado de metáforas, simbolismos e uma montagem esquizofrênica que lhe confere valor único e inolvidável. Catallena é meio que isso mas abraçado ao nonsense. E é o melhor nonsense ever (e olha que que elas têm Lipstick).



Todas os MVs acima também estariam entre minhas músicas favoritas. Mas entre canções sem vídeos, diria que Beautiful Stranger e Dracula, do f(x), Red Dress, do Red Velvet, Night and Day, do Lovelyz e Mirage, do Loveholic, são algumas que me frustram muito pela inexistência de um complemento visual.

6 – QUAL SEU GRUPO ULTIMATE E POR QUÊ?
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Sabe  o que é pior? Só virou meu ultimate group quando a Sulli já havia fugido pra fazer secso com o cara lá. 
Mas só um? :(. Sou defensor da preferência única. Não gosto de quem enfia trezentos nomes numa pergunta que envolve o singular. Mas é que me sinto em obrigação moral de sempre valorizar o SNSD nestas questões. Porém, o gosto é unânime quanto ao amor criado ao f(x). 

Demorei para as valorizar de acordo com o nível de sua qualidade, tendo sempre as tido grande respeito, mas conexão pessoal distante. Lá por 2015 (bem tardiamente mesmo), com o 4Walls, realizei uma pesquisa maior a ponto de criar uma paixão juvenil com o grupo como um todo, tanto pela discografia quase impecável, com pequenas falhas que, como disse o Adriano, nós fãs perdoamos e chamamos de hinos, quanto pelo composto eclético e ímpar das integrantes, todas carismáticas e mestres em suas funções. 

Uma pena que só as tenha considerado o que merecem em seu último comeback até então. Um arrependimento que, temo, levarei pra sempre (sem drama).

7 – QUEM É SUA ULTIMATE BIAS E POR QUÊ?

Está é outra questão que já discuti minuciosamente aqui, em post próprio: Afinal, por que eu gosto tanto da Irene?

Sim, minha cara desavisada (agora acrescente o (o) caso necessário, para balancear os gêneros), Bae Joohyun, a líder orelhudinha do Veludo Vermelho, a menina tímida e sem grandes extravagâncias opulentes no quesito artístico.

Pois, como qualquer um que tenha seu ultimate reconhecerá, a escolha é incontrolável, inesperada e irracional. Kpop é, para o bem e para o mal, mais do que música. É um lifestyle, um aglomerado de entretenimento que possui incontáveis podres, mas também beleza, como o mundo em si (miseravelmente poético, né?).

Ao todo, nestes quase 7 anos, tive 4 ultimates. Jessica até 2014, e desde então, ChoA, Krystal e Irene, nesta ordem, tendo a última erigido ao posto há quase um ano. E continua forte lá. Espero que permaneça. Considero o "cargo" algo que deve ter uma significância séria demais para se mudar como a playlist da semana.

 8 – Grupos que você não gosta e por quê?

Existem vários grupos que sou indiferente e/ou gosto muito pouco (Melody Day, Super Junior, Apink, 2NE1, Astro, MBLAQ, CLC (a não ser que mantenham no nível do último release), entre outros), mas o único que admito realmente desapreciar é o iKON. Simplesmente não consigo extrair nada de positivo dali, em toda a conjuntura do nome: músicas e integrantes. Suas atitudes, os conceitos, as letras, a postura. Nada. 

Isso é ruim, pois já vou para seus lançamentos cético e pessimista. Pode influenciar na apreciação e causar uma avaliação injusta. Mas foram eles que provocaram isso em seu curto e trágico histórico, algo inédito em minha jornada por terras de Pop Coreano. Depende deles mudar, apesar de achar improvável.
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E é isso, meus queridos. Obrigado novamente ao Adriano pela indicação e aos pais da TAG, que é simples, mas criativa, além de ter sido divertidíssima de se fazer. Espero que tenham curtido tanto quanto eu. E se sintam à vontade para compartilhar vossas respostas nos comentários abaixo.

Agora passo a bola ao menino Douglas. O Bruno também dá umas comentadas aqui vez ou outra, então creio que ele tire momentos para passear entre a plebe dos blogueiros de kpop. Nunca o vi responder Tag alguma, mas caso se interesse, se sinta indicado. Sinto curiosidade em descobrir melhor quem é a persona capopeira do AsianMixTape em plenitude.

Beijos, abraços e acnase.

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