Pacotão Frenético do K-pop #10 - Tudo que o Sol Toca


Como prometido, chegamos no pacotão onde comento todas as negligenciadas das últimas semanas mais uns gatos pingados que resolvi inserir por motivos pessoais e variados. Como estou com pouco tempo, resolvi introduzir IU aí no meio, por mais que me doa não doar um espaço privado para a guria. Ao menos compensei com um comentário maior que o restante. Talvez venha review do álbum, talvez não. Muitas tarefas em outros formatos no presente momento me acometem. Doravante, tive de sacrificar relações pessoais de amor e gosto por praticidade.

A ordem é a de sempre: qualidade crescente.

Yesung - Paper Umbrella


Eu acho interessante essa ideia da SM em dar a mesma música para todos os integrantes do Super Junior debutarem solo ao longo de uma década. Quem falta ainda?!

Baehkyun - Take You Home


O Baekhyun é integrante do Super Junior também?!

MiSO - KKPP


Pega a Hyuna e tira todo o glamour. E aí você vai ver como ele é importante.

EXID - Night Rather Than Day


Sem a presença de Solji, imaginei, a Banana manteria o EXID na sua linha sensual que tem dado certo desde a fancam viralizada de Hani, mas dando destaque para Hani, sempre presente nestas listinhas de vocais mais subestimadas do Kpop, e Hyerin. Infelizmente, a empresa não confia muito nas meninas, porque resolveu entregar um R&B medonho e sem apelo algum, o que é um tremendo desperdício do talento e físico das integrantes. Basicamente, todas as faixas do Street era muito superiores a qualquer elemento deste comeback. É uma decadência tremenda e na hora errada, pois o EXID dá sinais claros de desgaste popular.

Berry Good - BibbidiBobbidiBoo


Já o Berry Good, mel dels... Se Angel e Don't Believe as colocaram entre os Nugus com grande evidência e apreço, esse tal de Birburudpuedbspir vai rapidamente engavetar novamente metade de uma fanbase crescente. Não que seja um produto hediondo, mas é genérico além da conta, enquanto que os singles passados tinham identidade e qualidade própria que clamavam por replay. Biribipaoghaishiasoi poderia, em contramão, ser uma b-side do Laboum, do Lovelyz, do Oh My Girl lado Red e de tantos atos dessa pegada por aí.

Jia - Candy


Chegamos no ponto onde a Banana Culture se conforma com a falta de planejamento com a carreira de Jia e simplesmente larga as coisas por aí para o povo fazer o buzz ou deixar morrer. Obviamente mais interessados em enterrar EXID, a staff dos engravatados chineses deixou com descaso DOCE e é com descaso que ela será tratada. Há um charme no Pop inicial, claramente de evocatividade Ocidental, mas destrambelhar tudo num previsível e incompatível break cheirando a dubstep de segunda mão, o que termina simplesmente numa experiência enfadonha demais. Era só fazer o simples que tava bom. Foram enfiar parafernalhas e arruinaram qualquer chance de sucesso.

Laboum - Hwi Hwi


Sempre me diverti nos releases fofinhos e análogos entre si que o Laboum libera umas duas vezes por ano. Com Kwi Kwi não seria diferente. Não foi uma parceria de imediato, mas após algumas escutadas já estava com um sorriso no rosto e pulando internamente com os sintetizadores e o refrão repetitivo e animado pelas garotas. Falta ousadia da empresa, mas ao menos é um basicão sólido e estável, sempre uma moradia segura para momentos de modorra. 

Minzy - Ninano


Que tapão na cara da CL - não que fosse muito difícil. Após prometer mais que churrasco de domingo, Minzy finalmente debutou. E não fosse essa expectativa, provável que Ninano angariasse vários elogios honestos. Entretanto, as vendagens ridículas sugerem um sorriso amarelo nos Blackjacks. De qualquer forma, se ainda não é um blockbuster, é bom ver Minzy mais liberta para soltar sua tremenda energia sem ter de se conter por companheiras de menor mobilidade e espírito. Destaque pra vibe árabe, sempre funcional.

Lee Haeri - Hate That I Miss You


Isso aqui é uma música típica do Davichi, mas sem Minkyung, então significa que gostei, me emocionei e meu sistema cardiovascular foi romanticamente afetado pela paixão e pesar da melodia e poderosa voz de Haeri. Mas é uma música do Davichi. Então, por que ter um solo com uma mesma música que a dupla faz?!

Yeun, Bohyung e Suran - Cross Country


Vejam só como algumas OSTs valem a conferida. Três vocais de renome nacional e um future R&B que mescla bem a dramaticidade do timbre com a backtrack, cuja aparições pontuais conferem um senso fora do comum à trilha.

E se você gosta de baladas, ficar triste e chorar, procure mais sobre Suran. É a Dell Coreana. Nunca comentei sobre aqui, mas vale muito. 

IU feat. G-Dragon - Palette


Ow. Originalmente, eu voltaria do hiato com isso, mas acabei por soltar uns posts aqui e ali, o que me tirou da obrigatoriedade moral de solar o comeback da IU. Mais por conveniência do que convicção, entretanto.

Quanto ao single em si: retornar após quase 2 anos justamente com o GD é de uma apelação comercial dilacerante. A união destes dois nomes receberia all-kill mesmo se cantassem "Chewing Gun".

Bem, inicialmente me decepcionei, pois imaginava algo tão grandioso quanto fora a primorosa 23, que já é um dos grandes clássicos do Kpop, e Palette é IU fazendo o que sabe dar certo e vender pros Coreanos (visto a sonolenta Through the Night vendendo oh rores). Com o tempo, entretanto, comprei a abordagem madura e hipster e já estou viciado novamente na Soprano mais lindinha e arguta da indústria. Se IU denota uma ingenuidade por trás da face angelical, a astúcia e safadeza implícita em seus sorrisos e letras deixam bem claro como ela não se contenta nem interessa em ser essa jovem idealizada pelos coreanos.

Ainda que Palette seja menos simbólica, não deixa de ser uma ode da Idol a sua personalidade e visão de mundo, completamente às avessas do esperado de seu status. Num dia em que Somi afirmou ter usado, juntamente ao restante do IOI, roupas infantis nas promoções, as escolha de IU são dignas de um sorriso concordante. 

Nem mesmo a presença de GD sendo módico, o que simplesmente não funciona devido a seu timbre diferenciado e demasiado roufenho, prejudica o todo. Discordo da escolha do single, visto que temos uma Jam Jam e And So Love Is no meio, mas é um novo acerto na discografia brilhante de alguém que apenas atingiu 25 anos. O futuro brilha.

E eu agradeço.

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E é isso, meus queridos. Deixei Apink e SF9 de fora por questão de deixar eles de fora. Nada pessoal.

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