As Melhores Faixas de Março/17 - Minha Lista x Leitores.


Finalmente, após ver meu time eliminado (de novo) nas quartas de final, resolvi tomar vergonha e organizar o primeiro ranking das tradicionais votações do blog, numa data em que estamos mais próximos da próxima enquete do que o contrário.

Esta lista marca, também, o início das votações "às escuras". Até a liberação, apenas eu tenho as informações dos números. Minha ideia era, assim, não desestimular os perdedores por verem uma diferença significativa, e também impedir uma tranquilidade dos do topo. Deu certo, pois foram 6619 respostas.

Vamos lá (números finais):

Leitores:

BAP - Wake Me Up (491 Votos).


O BAP, que vive em constante crise de identidade, até que entregou um single bacaninha em março, sem se perder nos maneirismos hiperbólicos de sempre; recebemos, então, uma faixa dramática e recheada de raps fortes que se encaixaram incrivelmente bem na narrativa social do MV. 

Monsta X - Beautiful (616 Votos).


O primeiro Win dos guris não chega em lugar nenhum, de jeito algum. Mas ao menos conseguiram subir no pódio improvisado do Delírios. Criteriosamente, os álbuns do Monsta costumam conter duas boas canções; majoritariamente, b-sides. Dessa vez, finalmente acertaram também no principal. A essência rebelde é a mesma, mas o trap da batida me conquistou como as antecessoras jamais chegaram perto, assim como o vocal fanho do carinha dos pré-refrões, que instigam diabolicamente para o clímax. Tenho ouvido com frequência ultimamente.

Pristin - Wee Woo (990 Votos).


Post solo.

Há esperança na Pledis. As meninas abraçaram o espírito upbeat colorido genérico aos atos femininos de sua geração, mas o carisma das integrantes e a backtrack grudenta foram o suficiente para grudar tudo no cérebro. 

Brave Girls - Lollin (1009 Votos).


Rapaz, são mais votos que elas receberam de vendas pelo release (nem tanto, se acalmem). As filhas do Brave Brothers vinham em qualidade decrescente após avassalar, ano passado, com a majestosa Deepened, e agora iniciam 2017 em alta voltagem com esta farofa certeira e típica do tiozão chefe da empresa.

Gfriend - Fingertip (1158 Votos).


Post solo.

E a liderança, como esperado, ficou com as namoradinhas da Koreba. Em sua primeira mudança conceitual, elas não se saíram tão bem em vendagens, o que corrobora a sugestão de que parte de seu público na terra natal curte sexualizar criancinhas. Artisticamente, porém, é mais um trabalho bem acima da média, e isso sem perder suas marcas registradas. Se acertarem na próxima, acho que já podemos dizer que o Gfriend aconteceu, e não se tratar de algo apenas para o futuro, visto a natureza célere e imprevisível de girlgroups. 

Minha Lista:

Brave Girls - Lollin

(Comentários Acima.)

Gfriend - Fingertip.

(Comentários Acima.)

Pristin - Wee Woo.

(Comentários Acima.)

Monsta X - Beautiful.

Ok, ok. Pesa-se aqui o fator momento. As 3 colocadas acima foram prejudicadas por eu já ter basicamente enjoado de si (em menor impacto a Wee Woo). Enquanto que, por acaso, passei a apreciar Beautiful apenas semana passada. Deu a sorte de eu ter organizado o post hoje.

Girl's Day - Love Again/ Thirsty.


A belezura Love Again recebeu TRINTA E DOIS VOTOS por vocês, seus fedidos de mal gosto. Acho que até prefiro acreditar terem votado nos Bias do a provável verdade de que muitos apenas ignoram álbuns. Quem pulou, perdeu essa faixa de fundo inestimável do Girl's Day em mais um EP irregular. 

Talvez seja indie demais para se tornar tendência mainstream, mas é visível a crescente de nomes que apostam em baladas acústicas e folks recentemente. Provável que não vejamos singles promocionais neste estilo, mas é um acréscimo de versatilidade e esmero para trabalhos completos, e o Girl's Day apresenta um de seus melhores produtos ao investir no gênero. Melancólica e com uma confiança ímpar no controle vocal de todas as integrantes, tem sido repeat frequente de minha playlist "Kpop 2017" desde o lançamento. 



Já Thirsty entrou tipo AGORA no top. Tocou na reprodução automática após Love Again e sacudiu meus intestinos em sua awesomeness. Sua vertente Ocidentalizada é nítida, nada crítico, visto que é natural e irreversível a perda de identidade e autenticidade (leia-se cafonice) do Kpop raiz. Então, nos resta agradecer quanto sai algo digno e, é claro, melhor que o mercado que serve de inspiração. Sede é um RnB com doses melódicas e tímidas de Rap que poderia servir de b-side pro Fifth Harmony se elas fizessem música boa. Assim como fora com Love Again, as meninas brilham com a oportunidade de mostrar suas virtuoses vocais sem necessariamente berrar (viu só, Minah); e é no casamento perfeito com as techno beats que fica difícil não passar as próximas horas com ela na cabeça, até perceber-se profundamente fisgado. 

E é isso, meus queridos. 

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