Pacotão Frenético do K(J)-pop #05 - Um Monte de Nugu e Mais uns Trecos.


Cá estamos nós, a algumas horas da revelação dos indicados ao MAMA, aquele prêmio que a cada ano se torna mais previsível, venal e chato, mas que a gente acompanha pela maldição imposta a nós pelo K-pop.

Enquanto isso, porém, vamos a mais um pacotão com o que saiu de melhor nas últimas semanas mas por algum motivo acabaram sem o privilégio de conseguir um espaço solo na concorrida agenda deste Blog.

As faixas estão dispostas em ordem de qualidade crescente - do pior ao melhor.

Block B Bastarz - Selfish & Beautiful Girl


E a unit de nome estranho do Block B continua sua carreira sem propósito e identidade. O debut foi clichê, porém agradável. Essa nem isso. O que tentaram fazer aqui? Um PBR&B? Um Disco? Um retrô? Não sei, mas falharam miseravelmente.

Hyolin - Love Like This


O dom vocal de Hyolyn só é proporcional ao quão desperdiçada ele é. Se no Sistar, apesar de comer uns 80% das linhas todo single, ela não é muito exigida, os solos, colaborações e faixinhas de dorama seguem sempre a linha defasada e errônea de que primazia nas cordas vocais deve ser provada com downtempos.

Lonely foi assim e agora piora. Sinceramente, escutei duas vezes e não tenho a mínima intenção de dar nova chance. Fiquem com a participação da morena no álbum do Far East Movement, onde ao menos a backing track confere alguma emoção à experiência.

Matilda - You Bad! Don't Make Me Cry


Esse já é o terceiro single do Matilda no ano. É tão fofa essa insistência da empresa. Até obtiveram alguma melhora (o MV passou do milhão em menos de dez dias, coisa que Macarena e Summer Again não chegam perto juntas). Após falhar em emular farofinhas de verão, o intuito aqui foi evocar o espírito 2NE1 áureo. A lembrança ocorre, mas a qualidade passa longe; falta inspiração em todos os elementos da faixa. O refrão é demasiado abrupto e sem impacto, com um break genérico e um pós-chorus que acaba sabotado justamente pelo que vem antes, o que a torna esquecível e dispensável. De qualquer forma, boa sorte a todas. Algum dia elas acertam.

Ps: daqui pra baixo, todas foram boas o suficiente para merecer um lugar de tempo indeterminado em minha playlist. 

24K - Bingo


Um grupo tão Nugu a ponto de fazer turnê no Brasil e não receber legenda da Loen após 5 dias, mas que segue aí, na luta e com outro baita single.

Still 24K tem seu valor, mas Bingo desponta, talvez, como a melhor canção já entregue pelos rapazes ever. A mistura de trap com uma leve dramaticidade dos vocais produz uma dinâmica ideal entre o famigerado V1D4LOK4 concept e a intensidade que o Infinite costuma entregar quando Sweetune acerta a mão.

Só conheci os garotos quando anunciaram os shows BR. Antes tarde do que nunca. 

Bulldok - Why Not


Finalmente um grupo que ressuscita o Candy Funky Style com dignidade. Que música genuinamente ótima, sem ser apenas nostalgia dos melhores singles do 4Minute e 2NE1. Uma aula de como se fazer um Urban Pop sensual, viciante e woman power na medida, sem apelação ou vulgaridades. Os "Eoooh" são viciantes, a rapper que parece um cruzamento entre ChoA e Cheetah idem, e no final, o replay power é inevitável.

Tomochin - OMG 


Enquanto o AKB48 segue profanando a indústria fonográfica com o que chamam de música, sua mais ilustre ex-integrante se prepara para um novo comeback, e o single de divulgação deixa uma expectativa enorme.

Eu deixei o PV incorporado, mas você já pode obter OMG aqui (o álbum sai dia 2/11, mesmo de Cowboy, do f(x)).

A track mescla um revival do final dos 90/início dos 2000 (comparem com a intro disso) com batidas mais atuais e o resultado é uma melodia catchy, dançante e bem divertida. Dá até pra tolerar esse beiço botoxado dela.

Desde Fântome, o J-pop tem dado um banho em seu vizinho coreano. Se recomponham, sulistas do Paralelo 38. 

E é isso, meus queridos, qualquer hino negligenciado é só deixar nos comentários.

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