Cá estamos nós, a algumas horas da revelação dos indicados ao MAMA, aquele prêmio que a cada ano se torna mais previsível, venal e chato, mas que a gente acompanha pela maldição imposta a nós pelo K-pop.
Enquanto isso, porém, vamos a mais um pacotão com o que saiu de melhor nas últimas semanas mas por algum motivo acabaram sem o privilégio de conseguir um espaço solo na concorrida agenda deste Blog.
As faixas estão dispostas em ordem de qualidade crescente - do pior ao melhor.
Block B Bastarz - Selfish & Beautiful Girl
E a unit de nome estranho do Block B continua sua carreira sem propósito e identidade. O debut foi clichê, porém agradável. Essa nem isso. O que tentaram fazer aqui? Um PBR&B? Um Disco? Um retrô? Não sei, mas falharam miseravelmente.
Hyolin - Love Like This
O dom vocal de Hyolyn só é proporcional ao quão desperdiçada ele é. Se no Sistar, apesar de comer uns 80% das linhas todo single, ela não é muito exigida, os solos, colaborações e faixinhas de dorama seguem sempre a linha defasada e errônea de que primazia nas cordas vocais deve ser provada com downtempos.
Lonely foi assim e agora piora. Sinceramente, escutei duas vezes e não tenho a mínima intenção de dar nova chance. Fiquem com a participação da morena no álbum do Far East Movement, onde ao menos a backing track confere alguma emoção à experiência.
Matilda - You Bad! Don't Make Me Cry
Esse já é o terceiro single do Matilda no ano. É tão fofa essa insistência da empresa. Até obtiveram alguma melhora (o MV passou do milhão em menos de dez dias, coisa que Macarenae Summer Againnão chegam perto juntas). Após falhar em emular farofinhas de verão, o intuito aqui foi evocar o espírito 2NE1 áureo. A lembrança ocorre, mas a qualidade passa longe; falta inspiração em todos os elementos da faixa. O refrão é demasiado abrupto e sem impacto, com um break genérico e um pós-chorus que acaba sabotado justamente pelo que vem antes, o que a torna esquecível e dispensável. De qualquer forma, boa sorte a todas. Algum dia elas acertam.
Ps: daqui pra baixo, todas foram boas o suficiente para merecer um lugar de tempo indeterminado em minha playlist.
24K - Bingo
Um grupo tão Nugu a ponto de fazer turnê no Brasil e não receber legenda da Loen após 5 dias, mas que segue aí, na luta e com outro baita single.
Still 24K tem seu valor, mas Bingo desponta, talvez, como a melhor canção já entregue pelos rapazes ever. A mistura de trap com uma leve dramaticidade dos vocais produz uma dinâmica ideal entre o famigerado V1D4LOK4 concept e a intensidade que o Infinite costuma entregar quando Sweetune acerta a mão.
Só conheci os garotos quando anunciaram os shows BR. Antes tarde do que nunca.
Bulldok - Why Not
Finalmente um grupo que ressuscita o Candy Funky Style com dignidade. Que música genuinamente ótima, sem ser apenas nostalgia dos melhores singles do 4Minute e 2NE1. Uma aula de como se fazer um Urban Pop sensual, viciante e woman power na medida, sem apelação ou vulgaridades. Os "Eoooh" são viciantes, a rapper que parece um cruzamento entre ChoA e Cheetah idem, e no final, o replay power é inevitável.
Tomochin - OMG
Enquanto o AKB48 segue profanando a indústria fonográfica com o que chamam de música, sua mais ilustre ex-integrante se prepara para um novo comeback, e o single de divulgação deixa uma expectativa enorme.
Eu deixei o PV incorporado, mas você já pode obter OMG aqui (o álbum sai dia 2/11, mesmo de Cowboy, do f(x)).
A track mescla um revival do final dos 90/início dos 2000 (comparem com a intro disso) com batidas mais atuais e o resultado é uma melodia catchy, dançante e bem divertida. Dá até pra tolerar esse beiço botoxado dela.
Desde Fântome, o J-pop tem dado um banho em seu vizinho coreano. Se recomponham, sulistas do Paralelo 38.
E é isso, meus queridos, qualquer hino negligenciado é só deixar nos comentários.
E não deixe de curtir a página do Delírios no Facebook.