Queridos, após nossa volta ao longínquo ano de 2007, para falar sobre Break It, o Debut do KARA, me pareceu uma boa ideia alugar mais um tempo no respectivo ano para escrever sobre outro Debut avassalador que se deu presente mais de nove primaveras atrás - Into The New World, First Single do Girls' Generation, marco inicial desse grupo maravilhoso que dispensa apresentações e é responsável por você ler este Blog hoje, graças ao chiclete Master Gee Gee Gee Baby Baby.
Voltando à proposta inicial de resenhar com o espírito da época, vamos lá!
Os últimos anos têm sendo sombrios para girl groups da SM. Desde o disband do SES, em 2002, nenhum ato feminino ligado a SM, como Milk e Shinvi, conseguiram erigir de escalões inferiores.
Para voltar a dominar os dois gêneros do mercado, como fora na década de 90, e voltar a fazer frente ao recém-debutado girl group da DSP Media, o KARA, a empresa resolveu apostar suas fichas em nove meninas que têm sido apresentados como o "Super Junior feminino", certamente para tentar pegar carona na crescente fama de seus Oppas.
É difícil tirar conclusões após uma única track, quanto mais na estreia, que pode ser enganadora, mas baseado em Into The New World, que abre a porta do mundo do entretenimento ao Girls' Generation, a impressão é de que Lee Soo Man finalmente acertou.
É inegável a similaridade sonora com o SES, inocente e jovial, mas com uma modernizada instrumental mais agitada, ainda que sua melodia e arranjo remetam a uma baladinha disfarçada. É um artifício arriscado, mas que aqui deu certo; New World emana esperança e otimismo, concomitante a uma áurea de nostalgia e saudosismo. E como dizem título e letra, elas saíram de tempos perturbados sendo trainees para iniciar sua jornada, que também se dará cheio de obstáculos.
(...) existe uma difícil estrada em nossa frente
com obstáculos e um futuro que não pode ser sabido, mesmo assim eu não vou mudar, eu não posso desistir (...)
E o principal destaque se dá por um dos motivos para os recentes fracassos de girlgroups SMenícos: as integrantes.
O buzz gerado para o debut do SNSD (acrônimo para seu nome coreano) foi suficiente para, de uma forma ou outra, termos vislumbres e contatos com as integrantes. E agora, no MV, podemos entender um pouco todo o furor causado pelos korebas. A dinâmica da backing track com os vocais deu espaço para as vozes se sobressaírem, apenas acompanhas pelo ritmo e melodia, e obviamente estamos diante de um grupo com vocais de qualidade, com destaque para duas garotas chamadas Taeyeon (também a líder) e Seohyun (a maknae, no auge de seus 16 anos).
E é incrível o carisma, beleza e charme exalados por todas. Fica difícil sentir empatia apenas por uma em poucas assistidas. Eu não consigo parar de dar replay e após algumas horas, tenho me atraído mais pelo talento e, mais superficialmente, porém sem negar, a estética privilegiada da já citada Taeyeon e Jessica.
Por algum tempo os fãs de Girlgroups tiveram de se contentar com o lado testosterona do mundo prevalecer no sistema, com TVXQ, SuJu e BigBang, mas agora, com o potencial denotado por SNSD e KARA, temos tudo para uma nova era de retomada das mulheres.
Esse é o começo de um caminho que promete durar muito, e se não estivermos diante de um one single wonder, o que realmente não parece o caso, tenho certeza que acompanharemos o Girls' Generation por um bom tempo.
E é isso, Delirianos. Eu só fui conhecer o K-pop três anos após o release de New World, então tentei, através de pesquisas e conhecimento, me transportar o mais fielmente possível para a data.
É divertido notar o cenário em que encontrava-se o capope então, e como o SNSD conseguiu ultrapassar as expectativas em dimensões imensuráveis para se tornar, provavelmente, o grupo mais conhecido do Pop Coreano mundialmente.
Goste ou não, é inegável sua influência e importância na popularização do gênero, sendo até hoje "homenageadas" por Gfriends e Apinks da vida. Para quem se interessar mais pela origem das Soshis, recomendo o documentário 'Girls' Generation Goes to School'.
Até a próxima!
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