Pacotão Frenético do K(J)-Pop #02: Spica, Sunny Hill, LABOUM e REOL.


Olá, meus queridos delirianos <3. Por uma combinação de dois fatores, sendo eles o desgastante tempo que a faculdade tem me exigido e os exíguos lançamentos capopeirísticos dos últimos dias, não tenho conseguido gerar um conteúdo decente que mereça post solo e o precioso interesse de vocês.

Então, para não encher linguiça com algo forçado, reuni alguns lançamentos pequenos liberados recentemente, mas quais não dispendi tempo suficiente para produzir uma postagem exclusiva. Algumas faixas eu simplesmente ignorei por desgosto, enquanto outras por não ter muito a dizer ou pelo atraso com que as conferi.

Deixando de lado a digressão, here we go:

SPICA - Secret Time



Spica é um desses tristes grupos que parecem destinados ao fracasso. Creio que a maior fama que as meninas tiveram foi na época do pré-debut, onde causavam alguma expectativa, porque depois, single após single, foi uma sucessão de flops retumbante. Talvez uma das causas disso tenha sido seu estilo sonoro, deveras maduro e evocativo de elementos R&B, algo pouco abraçado à época. Aí elas ficaram dois anos de molho e, por ironia do cruel destino, o Mamamoo conseguiu o sucesso que o SPICA apenas sonhou, e utilizando do mesmo cerne artístico. Quais as razões de um ter caído nas graças do público e outro não? Sei lá, pois também não entendo por que tanto amor ao Mamamoo. As meninas são carismáticas e tals, mas as canções ZzzzZZZz...

Pois bem, esse período de hiato foi irrelevante, pois seu fandom não aumentou por saudosismo e elas não foram enaltecidas pelo capopeiro cult; apenas caíram ainda mais no esquecimento, tendo o comeback deixado de lado por tudo e todos. Ele merecia algo a mais? Não há dúvida, mas isso se deve mais ao fato de ter sido absolutamente esnobado do que pela qualidade apresentada. O R&B foi substituído por uma atmosfera mais contemporânea - de electropop -, mas ainda assim, não possui a força para emergir das sombras um ato que nunca conseguiu se desvencilhar delas.

LABOUM - Shooting Love



Eu gosto um bocado de Laboum. Elas não tentam invencionices nem nada revolucionário, mas sempre saíram-se muito eficientes no que propunham. Ao menos nos últimos três singles, conseguiram manter um nível consistente e satisfatório, com Sugar Sugar, Aalow Aalow e Journey to Atlantis.

No entanto, apesar de seus últimos trabalhos terem sido algo mais kawaii e puxado pro Aegyo, nunca conseguiram um ínfimo do sucesso de Gfriend, Lovelyz ou Apink, por exemplo. Para produzir o último MV, inclusive tiveram de apelar ao crowdfunding.

E esse insucesso que parece eterno é uma lástima, pois apesar de não possuírem uma verdadeira identidade, individualidade, elas são um dos bons grupos Aegyo, assim como Berry Good.

Shooting Love é aquém de seus últimos releases, mas ainda assim é um entretenimento rápido de bom êxito. Divertida, acelerada e com um instrumental simples e deliberadamente bagunçado que o faz parecer até trilha sonora de festa infantil. Uma boa pedida, apesar de ser esquecível.

SunnyHill - On The Way Home



Eu quase chorei vendo/ouvindo isso. Não vou ser hipócrita e dizer que amo SunnyHill; que sou um dos poucos que a valorizam (meu Nugu adotivo é Stellar), mas é inegável que se trata de um grupo competente e talentoso que se mantém na indústria há 9 anos. E infelizmente, parece que não veremos a comemoração de uma década.

SunnyHill é um destes atos que apesar de estarem na estrada há um tempo considerável, jamais conseguiram atingir uma fama gloriosa. Sempre trabalharam quietinhas, meio que na espera de algo que lamentavelmente nunca veio, e o eminente disband parece ter chegado, ao menos pelo que o MV deixa transparecer.

Após anos enfrentando problemas e batalhando, chegou a hora de voltarem para casa. Realista e brutal, em leve contraste com a melodia que mescla nostalgia com melancolia. É simples, porém com uma inesperada intensidade emocional. Se for mesmo o fim, ao menos elas tiveram a chance de se despedir da indústria e seus fãs, e cá entre nós, isso é mais do que muitos costumam receber.

REOL - Give me a Break Stop Now



QUE COISA ABSURDAMENTE ESTUPENDA!

Isso mescla basicamente tudo que eu mais gosto no J-pop: esquizofrenia, agressividade e um pancadão old school.

Give me a Break Stop now parece quase como uma mescla do que T-ara e Lee Hyori lançariam em um mundo utópico, com o plus dessa voz adoravelmente arranhada de REOL (que não é apenas o nome da guria, como também da Unit). É um EDM de alto nível que tanto faz falta na Asian Music atualmente.

O visual todo preto-e-branco nos cenários e figurinos corroboram para a atmosfera de insanidade da faixa, com uma edição estilizada que abusa de efeitos diversos para causar sensação de descontrole, porém sem trazer uma dor de cabeça tão forte quanto isso aqui.

Ansioso pelo álbum que a loli e seu bando lançarão 16 de Outubro. Entraram no meu radar, e entraram forte (ui).

Obs: Aproveitem para conferir a página da menina no Youtube, onde ela upou várias canções ao estilo vocaloid. Vale muito a conferida.
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E é isso, meus caros. Lembrando que sempre podem deixar dicas nos comentários, pois eu "acidentalmente" acabo deixando algumas pérolas passarem, e nesses tempos de vacas magras, apreciaria ainda mais algo novo.

Nos vemos quando o veludo vermelho voltar à moda.



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