Top 30 Melhores Músicas do Primeiro Semestre de 2016: 20º - 11º



Meus queridos e queridas, após quase duas semanas da primeira parte do post, finalmente aprontei sua follow up. Estive enfrentando reta final de semestre, onde meus hábitos acadêmicos nada saudáveis de assistir, ler, ouvir e escrever coisas não relacionadas à faculdade finalmente me atolaram com uma quantidade significante de conteúdo acumulado. Não sigam meu exemplo.

Agora estou oficialmente de férias e vou poder fazer o que faço todo semestre, mas sem sentir a culpa da procrastinação, e o primeiro filho dessas duas vindouras semanas de ócio está logo abaixo, num surpreendente Top com muito mais ticos do que eu esperaria de mim mesmo.

Here we go:
20. Fiestar - Mirror


Um dos melhores atos nugus em vida, Fiestar manteve sua sólida discografia - até então - com Mirror, que embora não tão emblemática quanto Pitiful, explora bem esse empoeirado gênero de midtempos sensuais com uma áurea dark gótica visualmente atraente.

Infelizmente flopou, apesar das apostas de que a recente ascensão de Yezi e Cao Lu fosse finalmente tirar Fiestar do poço dos esquecidos. O pior desse fracasso foi que elas vieram com a terrível Apple Pie, num conceito que simplesmente não condiz com a atmosfera das meninas, principalmente Yezi, que combina tanto com felicidade infantil quanto iKON com qualidade.

19. Dal Shabet - Someone Like U


Realmente uma maneira fantástica de começar o ano, nos dando esperanças de que 2016 seria algo recheado de releases decentes, e não um emaranhado de xaropices que baixaram o nível crítico do kpopper a ponto de gostar de coisas como essa.

Após o hino que foi B.B.B e a genericamente agradável Joker, Dal Shabet entregou outro clássico em sua inconstância flop, dessa vez apostando numa vibe retrô. Se não venderam nada, ao menos podem gabar-se de inaugurar a tendência PBR&B 2016 e um dos clipes mais toscovilhosos de vingança contra o uppa (só não ganham porque Stellar me saiu com Crying esses dias).

O mais surpreendente da história toda é ser produzida pelo Brave Brothers (mesmo de Crying, diga-e).

18. KNK - Back Again


Nugu cantando Nugu. Impressionante como não tem como assimilar Back Again como algo possivelmente advindo de um grupo mainstream rico. O que dizer dos "Hou" em coro? Nugu sendo Nugu.

Mas ser Nugu não a impede de ser ótima, não é?! O refrão é tão viciante e suave que nem enjoa nas 300 repetições. O ponto fraco fica por essa MV sem cabeça (ou eu que sou burro), um verdadeiro prato cheio pra esses malucos viciados em conspiração falar sobre o projeto Monarca, já que as Ladies' Code andam comportadas por obrigações morais.

Quando o inevitável disband vier, eles podem fazer sucesso nas tias praticantes de spinning.

17 - Don't Wanna a Drive


Num ano em que várias b-sides tem se sobressaído a seus lead singles, Drive é um dos exemplos principais pra dar um tapão na cabeça dos capopeiros que só escutam o title track e se sentem the best fans de algo.

LIE é uma boa faixa, mas o álbum - que é meu favorito do ano até aqui - tem pelos menos umas 4 tracks superiores. E o mais interessante é a versatilidade apresentada, algo que os netizens sempre contestaram no EXID. Se Cream, que marcou presença na parte 1 do Top, é uma faixa dançante, Drive é um midtempo cadenciado e que explora bem os vocais suaves das integrantes, principalmente da subestimada Junghwa. Merecia ao menos um MV barato de pre-release, mas contento-me com as promoções, que já é mais do que a maioria dos b-sides recebe.

Ps: reparem a carinha da Hyerin no still do vídeo. 

16. Produce 101 (Make Some Noise) - 24 Hours


Segunda faixa do programa por aqui, fruto daquele maravilhoso episódio 9 (que se exploda o Pick Me), Make Some Noise evoca o Eurodance e é uma bagunça de levantar defunto. A backing track é uma das com maior identidade entre qualquer canção pop lançada pela Coreia esse ano. Começa no maior estilo farofa, passa pelo refrão grudento e um irritante, porém viciante vocover até chegar no épico drop enquanto as meninas ficam se sacudindo no palco. Tudo para recomeçar calmamente, já sabendo que deixou o público alucinado e preso em sua melodia montanha-russa. Espero ansiosamente um "One Hour Version of...".

E por curiosidade, morar em cidade pequena onde só se escuta sertanejo e passar de carro com 24 hours tocando bem alta no rádio é uma ótima maneira de se divertir com olhares alheios.

15. Berry Good - Angel

Minha maior descoberta do ano, até aqui, rendendo até um post apaixonado. Berry Good é o Lovelyz bom, incrivelmente semelhante (lembra um pouco de Oh My Girl também), mas com faixas realmente decentes. O uso de sintetizadores semelhantes a violinos dão um belo charme para a faixa, e o carisma das garotas disfarça o orçamento barato do MV. 

Os outros singles são igualmente gratificantes. Vida longa ao Berry Good.

14. Sistar - I Like That

Eu colocar Sistar na 14ª colocação de um Top das melhores de 6 meses é algo quase tão surpreendente quanto a quantidade de boybands que vêm pela frente, mas dessa vez as intrusas da parede inquebrável mereceram. Como disse no post solo, I Like That finalmente cessa a sequência interminável de remakes de Loving U, usa bem os vocais de Hyolin e contém o melhor rap ever da Bora, com um pós-refrão ótimo.

O tom escuro do MV é outra mudança bem-vinda. O lado sexy permanece, mas sem ser o foco central e a apelação quase pornográfica de um Shake It, por exemplo. É sensual, erótico e bonito. Ponto pra Starship (ponto perdido com WJSN).

13. Winner - Sentimental


O comeback de Winner não foi exatamente o que se espera de quem passa 2 anos no porão, tendo rendido 1 faixa extremamente esquecível e duas boas (Baby Baby vale a escutada), um pouco acima da média, mas foram dois anos...

A vibe de pop-rock em Sentimental funciona justamente por ser reciclada de Big Bang, a melhor boyband em atividade. Tira qualquer individualidade do grupo, mas se o objetivo é obter êxito artístico, não podemos negar a conquista. Um upbeat enérgico e acelerado com forte replay power e um MV no mínimo interessante pelos ângulos plongée. Quase não percebemos a estranhice dos membros (sério, tem um que parece de cera).

12 - Hands On Me


Se Why perde pra I, em termos de b-sides, Tae mandou muito melhor aqui, com três faixas que poderiam facilmente receber um MV e ser lead single de outros atos e grupos, mainstream ou Nugu.

Estou com preguiça, então vou me parafrasear:

"(...)o piano elétrico e o som de palmas ao fundo formam uma mistura inusitada o suficiente pra envolver. "
"Imagine um concert com milhares de Sones e Blackjacks camufladas pra gerar o ódio virados pro palco, com os light sticks balançando e todo mundo batendo palmas. Sério. Providenciem isso pra ontem! "
A melhor voz do k-pop segue com uma carreira solo 100%.


11. BTS - Save Me


BOOM! Quem mais chegou perto de alcançar o concorrido Top 10 foram os idolatrados guris do BTS. Entre novas boybands, BTS é disparado o que há de mais instigante e promissor na indústria (chupa, GOT7, e quem falar em ikon - notem o minúsculo de desprezo - apanha). O 2015 de BTS foi excelente, injustamente eclipsado pelo caminhão de releases do Big Bang, e em 2016, apesar da derrapada que foi Fire, tem se destacado de outros cuecas.

Young Forever foi ótima e Save Me é excepcional. O instrumental é uma mescla de eletrônico com R&B bem executada e organicamente misturada, com as flautas dando um tom diferencial e uma carga dramática na melodia e no MV, que aliás, possui uma bela fotografia no anoitecer. 

Mais disso, menos Fires e Dopes, por favor. 

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E assim acaba a parte 2, Delirianos. Sua fav marcou presença? Está preocupado com sua ausência? Estará ela no Top 10? Discorda de alguma posição? Comente que eu gosto.

Obs: a parte 3 não demorará tanto quanto a segunda para sair. Agora é FÉRIAS!

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