Eu adoro escrever sobre grupos que não me importo muito, e logo, não há aquele sentimento de traição caso eu não goste do comeback. Foi dificílimo pra mim admitir que Party e So Crazy foram terríveis, por exemplo. Dito isso, eu não dou 10 centavos pros comevoltas de Sistar há uns bons anos, desde ter perdido as esperanças de que a Starship fosse produzir alguma coisa não derivada de Loving U e seu clima felicidade de verão.
Give it to Me, Shaket It, I Swear e, pelo amor de Díos, Touch Má Bóde. Não consegui engolir nenhuma dessas faixas que elevaram o Sistar ao nível SNSD/2NE1 na parede inquebrável. A última coisa que curti mesmo do grupo foi Alone, e se contar a sub, Gone Not Around Any Longer.
Ou seja, eu não tava nem aí pra Insane, pelo menos até saírem os previews que davam a entender que viria algo exótico dessa vez, com uma imagem mais séria e um conceito turco/ indiano. Well, I Like That não é bem assim, mas também é, finalmente, algo diferente da sonoridade saturada e enérgica dos últimos anos.
Claro que continua sendo uma upbeat, mas passa longe de ser genérica e repetitiva. O saxofone acrescenta um ar de classe e ficou bem encaixado com os vocais e o estiloso MV, principalmente antes do início dos versos, com os breaks entoados por "I Like That".
E apesar de insistir nesses refrões meio insossos, o que ocorre antes e depois deles impedem que a faixa torne-se enjoativa, já que as partes da canção ficaram destoantes entre si sem quebrar a harmonia do conjunto. Cada uma ficou com um atrativo único e agradável.
A primeira parte, por exemplo, tem os versos da Dasom e o pré-refrão crescente entre Hyorin e Soyou. Já após o primeiro refrão, ela recomeça com Dasom, mas antes da parte Hyorin/ Soyou, entra o Bora's Rap que francamente, eu iria dizer ser o melhor desde ...... e nada me veio na cabeça, porque talvez este seja realmente o melhor Rap da Bora (e que olhos lindos, mel dels). É uma pena que dure tão pouco e seja incluído apenas uma vez em sua duração.
E pra não cair na monotonia, após o refrão 2, entra a bridge "I'm So Fine" lalala, até ascender novamente, com uma pequena acalmada no meio do clímax pra Dasom ter um momento seu novamente. A música ficou muito bem estruturada, o que não é comum na discografia do Sistar, e é curioso notar que o produtor de I Like That seja o mesmo de Touch My Body, Black Eyed Pilseung.
Não consegui ver propósito algum no visual do MV em relação à letra, mas avaliando bem, os clips de Sistar sempre foram uma exibição gratuita de bundas, cores e pernas, enquanto esse ao menos ficou esteticamente interessante e bonito, com uma áurea mística chinesa pelas lanternas e a tatuagem de Dasom (agradeço caso alguém traduza) e menos exposição corporal, mas ainda assim sexy e provocativo.
Em suma, funciona bem tanto para os Star1's, quanto para o público capopeiro no geral, o que é um alívio. E o fandom ainda pode se degustar com os verdadeiros símbolos do ato: as bundas alinhadas com Hyorin atochada, obviamente, e a coreografia sombreada.
